Esses grupos extremistas que agem no norte de Moçambique concretamente na
região de Cabo Delgado, que também é
palco de grandes investimentos externos em produção de gás.
É uma zona repleta de mineiros, porque fazer uma guerra
justamente ali? Há algumas coisas por trás disto. Quem financia o armamento?
Como eles nunca foram encuralados? São perguntas pequenas que ninguém faz.
A Revolução de 1975 manteve laços estreitos com a
União Soviética até seu declínio total a ascensão dos interesses chineses na
economia de todo o continente não podem estar relacionados a essa instabilidade
na região? Um outro elemento tem que ver com outros grandes produtores de
petróleo não contemplados no negócio de Cabo Delgado – China, Rússia, entre outros: teriam ou não
interesse em desestabilizar o País como forma de reivindicar o seu «pedaço do
bolo»?
A China de novo movendo as peças do xadrez internacional!
As ligações entre a Russia e a China já
são bem conhecidas nos xadrez africanos.
Nos últimos três anos, essa província (Cabo Delgado)
registou 500 ataques atribuídos ao grupo terrorista auto-proclamado Estado
Islâmico. Só no ano passado, Moçambique registou mais de 400 mil pessoas
deslocadas. O conflito no norte do país ganhou uma dimensão internacional.
Dos cerca de 500 ataques que foram realizados nos
últimos três anos, mais de dois terços dos ataques realizaram-se no ano de
2020. O conflito em Cabo Delgado e o escalonar e a dimensão internacional deste
conflito aconteceu no ano passado e foi um dos momentos chave de 2020. Também
vale a pena falar da presença dos ocidentais no País (Moçambique).
Como já tinha referido, Cabo Delgado é uma província
rica em recursos naturais e minerais. Esta riqueza que se reflecte em grandes
investimentos e novas dinâmicas económicas e sociais atrai todo o tipo de
interesses, desde criminosos transnacionais, investimentos Ocidentais à
islâmicos radicais visando comprometer os interesses dos Estados Ocidentais. A
presença de grandes investimentos ocidentais no território nacional é
provavelmente das causas mais emergentes do terrorismo em Moçambique. Primeiro
pela questão do timing e segundo pela natureza de conflitos que emerge com a
existência de recursos naturais num determinado Estado. Primeiro, se atentarmos
ao timing em que o grupo começa a se formar e inicia as suas actividades, é de
se notar que coincide com as actividades de prospecção de gás, a comunicação do
potencial do país e o anúncio das decisões de investimento na Bacia do Rovuma
por parte de empresas Ocidentais a partir de 2015 e que vem se fortalecendo em
2017.
Pela tese de Importação Involuntária do Terrorismo
pode-se concluir que, as redes globais de terrorismo, despertando para a
possibilidade de comprometer os interesses Ocidentais, decidiram se instalar em
Moçambique, porque o terrorismo islâmico radical se fundamenta no combate aos
valores Ocidentais.
Também é de louvar o atitude de portugal que tiveram para com o povo moçambicano, aquilo mostra um gesto de solidariedade e de carinho. A tal problemática foi discutida na união Europeia por primazia portuguesa trazendo o assunto a discussão de forma breve e com a devida importância.
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